domingo, 21 de junho de 2015

Reflexão sobre Liberdade

Colégio Estadual de Brumado
Filosofia      Profª: Gláucia Brito
Série: 3ª Ensino Médio - 2015
II Unidade – Atividade em grupos de 04 alunos  - Valor: 3,0 pontos
Instruções:
1.     A atividade será desenvolvida em três momentos: assistir ao documentário, responder às questões propostas e produção do texto final.
2.     As questões e o texto final deverão ser redigidos em papel ofício ou pautado. Usar tinta azul ou preta.
3.     O texto final deverá ter no mínimo 20 e no máximo 25 linhas.
4.     O prazo de entrega do trabalho final será dia 18/06/2015.
5.     A ficha de avaliação deverá ser entregue junto com o trabalho final.
6.     Os componentes do grupo deverão ser identificados com o nome completo, série , turma e turno em que estuda.
7.     Os trabalhos que não seguirem os parâmetros acima não serão avaliados.
Bom trabalho!
Roteiro de leitura do filme
Os alunos deverão assistir ao filme baseados em um roteiro de leitura que busque uma reflexão sobre o mesmo.
1ª parte (1,5 pontos): Roteiro de leitura:
1. A realidade expressa pelo filme é comum somente a Ilha das Flores, em Porto Alegre?
2. Qual é o trajeto percorrido pelo tomate do Sr. Suzuki ao longo de todo o filme?
3. Qual a importância que o dinheiro tem ao longo de todo o processo do filme?
4. Por que o filme cita os judeus como exemplos de seres humanos?
5. Quais questões no enredo colocam o porco como protagonista temático?
6. Qual o percurso do lixo ao longo do enredo?
7. O nome Ilha das Flores e a relação com a definição de ilha, de água e de flor;
8. Visões sobre o alimento.
9. Visões sobre dono.
10. Primeira definição de ser humano.
11. Segunda definição dos seres humanos da Ilha das Flores.




2ª Parte (1,5 pontos): Produção de um texto de opinião sobre os fragmentos finais do filme:
"Os humanos se diferenciam dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por serem livres. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda." (parte do fragmento é de Cecília Meireles)
O texto deverá discorrer sobre:
a) liberdade: sonho que ninguém explica e ninguém que não entenda;
b) qual é o seu conceito de liberdade?
c) como fica a liberdade para os seres humanos da Ilha das Flores?
d) Se a liberdade também é um fator que diferencia o homem, como podemos definir (mateforicamente) os seres humanos da Ilha das Flores?
Lembrem-se: O texto deverá ter início, meio e fim (Introdução, desenvolvimento e conclusão). Deverá, ainda, abordar os aspectos citados nas letras a, b, c e d.



sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Revolta da Vacina e a reação aos médicos cubanos

AVALIAÇÃO EM GRUPO -  I UNIDADE
A Revolta da Vacina e a reação aos médicos cubanos
Luís Nassif
 O preconceito é filho legítimo da burrice e da ignorância, como provaram estudos recentes. O preconceituoso não nasce assim, aprende, à duras penas, a ser intolerante e reacionário. Fatores como educação, nível sócio/econômico/cultural e localização geográfica influem determinantemente na forma como o indivíduo encarará fatos novos em sua vida. sO novo é o alvo principal do preconceito por que o indivíduo estará mais ou menos preparado para a aceitação de fatos novos na razão direta que for educado para isso. Quanto mais reacionária sua criação, mais preconceituoso ele será. Se for inteligente, ao longo da vida corrigirá os erros de sua educação, caso contrário cangalha e arreios se fazem necessários.
 A reação tacanha e canhestra à chegada dos médicos cubanos ao Brasil mostra isso claramente.
 Quando se anunciou a chegada dos médicos cubanos ao Brasil, começou a campanha de imbecilização da população. Ao contrário do que se poderia esperar, a campanha não foi dirigida aos estratos mais pobres e mais manipuláveis da sociedade. Seria difícil convencer os beneficiados diretos de que a iniciativa era ruim. A campanha foi dirigida justamente àqueles mais ligados à causa do problema, os médicos que acham que medicina é instrumento de enriquecimento material, mais do que uma vocação de ajudar e servir ao próximo.
 A reação destes foi espantosa, mas para mim já era esperada.
 Quem já tinha chamado pobres de vagabundos e Bolsa Família de esmola, só poderia reagir assim, são egoístas e ignorantes, e burros, em sua maioria. Passaram para boas faculdades (públicas!) graças ao poder econômico de suas famílias, que lhes garantiu educação formal de qualidade, mas nenhuma formação moral ou ética lhes penetrou os cérebros embotados e embrutecidos pela qualidade da educação que receberam em casa, a centro do problema.
A reação criminosa (racismo é crime no Brasil) só pode ser comparada a reação contra outros eventos envolvendo o avanço da medicina e a quebra de paradigmas envolvendo hábitos e costumes.
 A Revolta da Vacina, no início do Século XX, por conta da vacinação forçada contra a varíola, gerou 6 dias de caos e destruição no Rio de Janeiro,
"Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados às pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).
 Algo parecido com que tem sido visto na recepção aos médicos cubanos, onde a classe médica doméstica acaba de destruir sua precária e depauperada reputação com os eventos de reacionarismo e preconceito, resultado de imbecilização e egoísmo patrocinado pela mídia e pela oposição.

 Como ocorreu em 1904.

 "Para erradicar a varíola, o sanitarista Oswaldo Cruz convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de Outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.
A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.
 A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da revolta: no dia 5 de novembro, a oposição criava a Liga contra a Vacina Obrigatória. Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos, quebrou postes e atacou as forças da polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. No dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal.
 A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital." (Wikipedia)
 Movidos por campanhas canalhas da imprensa de então, que diziam, entre outras barbaridades, que a vacinação poderia ter efeitos de tornar os vacinados em híbridos de humanos com vacas (as vacinas eram feitas a partir da inoculação de vacas com o vírus, que produziria os anticorpos necessários para combater a infecção) a população foi às ruas protestar e destruir. Cartuns de homens com chifres e outras características bovinas eram divulgados por jornais espalhando a mentira e a desinformação assassina.
 Hoje se diz mentiras similares, que os médicos cubanos se parecem com empregados domésticos (por conta da cor da pele) que são despreparados e incompetentes, contrariando a própria ONU que classifica a medicina cubana como estando entre as melhores do mundo. Ela age em países pobres mundo afora, e em regiões assoladas por desastres e epidemias, com resultados impressionantemente positivos, mas nossos jornais e nossos dotô Coxinha ignoram isso!

 Burrice, ou canalhice?

 Oswaldo Cruz foi crucificado pela mídia por querer modernizar hábitos e costumes retrógrados que permitiam a proliferação, não só de varíola, como também de febre amarela e mazelas de outros 50 tons, de cinza cadáver.
 A Revolta da Vacina, assim como a reação aos Mata Mosquitos (que tinham o direito de invadir as casas para eliminar focos do mosquito anopheles, transmissor da febre amarela) assemelha-se ao que vemos agora, uma população idiotizada pronta a atirar no próprio pé e a demonizar quem quer lhe ajudar, tudo motivado pela imbecilização da classe média burguesa por parte da mídia e da oposição.
 E a história se repete, agora como tragédia, onde médicos bufões, mais que a população, dão a nota da ignorância tragicômica dessa pantomima.


Questões sobre o texto: (cada questão vale 0,2)

1. Quais os fatores que influem determinantemente na forma como os indivíduos encarará os fatos novos em sua vida?
2. Como a educação pode ajudar uma pessoa preconceituosa?
3. De acordo com o texto, quem foi o responsável, no Brasil, pela campanha de imbecilização da população e a quem ela foi dirigida?
4. Como o autor do texto analisa a maioria dos médicos brasileiros do ponto de vista ético? Justifique sua resposta baseando-se no texto.
5. Explique resumidamente o que foi a Revolta a Vacina, quando ocorreu e o que motivou.
6. É justa a divulgação feita pela mídia brasileira e pela oposição sobre os médicos cubanos? Justifique.
7. Tanto atualmente como em 1904, a população foi conscientizada ou enganada? Justifique baseando-se no texto.
8. Cite as mentiras veiculadas em  (Revolta da Vacina) e atualmente (sobre os médicos cubanos). Como combatê-las, na sua opinião?
9. Do ponto de vista ético, analise a postura da imprensa e da oposição nos dois momentos históricos do Brasil.

10. Qual a sua opinião sobre os médicos cubanos? Você concorda ou discorda do texto? Justifique.

Oração da Escola, Gabriel Chalita

Oração da Escola

 Obrigado(a), Senhor, pela minha escola!
 Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas e sempre terá. Quando alguns são solucionados, surgem outros, e, a cada dia, aparece uma nova preocupação.
Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os alunos vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.
 Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.
Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais felizes e outros mais dolorosos. Mas estamos juntos.
 E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O voo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.
Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel. Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todos iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o vôo fosse sempre do mesmo tamanho, na mesma velocidade ou na mesma altura.
 Minha escola é acolhedora. Nela, vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta. E sei que, para isso, não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ainda não esteja pronta.
 Minha escola é acolhedora. Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto deste espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.
 E, nesta oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por este espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E, em todas as vezes, fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.
 Obrigado(a), Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce neste espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante.

Assim seja!



Fonte: CHALITA, Gabriel. Educar em oração. Cachoeira Paulista: Canção Nova, 2005. p. 50.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A Cultura

Nome: ______________________________________ Série: 2ª    Turma: _____ Data: __/__/2015
Texto 1 – I Unidade
A Cultura
1.       Natureza Humana?
Os seres humanos variam em consequência das condições sociais, econômicas, políticas e históricas em que vive.
Somos seres cuja ação determina nosso modo de ser, de agir e pensar, e que a ideia de um gênero humano natural e de espécies humanas naturais não possui fundamento na realidade.
A ideia de natureza humana como algo universal, intemporal e existente em si e por si mesma não se sustenta, porque os seres humanos são culturais e históricos.
2.       Culto, inculto: cultura
A palavra cultura pode ser utilizada de diversas formas:
a)       Posse de certos conhecimentos: “Pedro é muito culto, conhece várias línguas, entende de artes e literatura”. Aqui, inculto é aquele que desconhece.
b)       Estar preparado para certa posição ou função: “Imagine! É claro que Antônio não pode ocupar o cargo que pleiteia. Ele não tem cultura nenhuma. É semianalfabeto”. Além da falta de conhecimento, Antônio não está preparado.
c)       Prestígio, respeito: ter cultura ou ser culto é ser importante; ser superior.
d)       Propriedade não de um indivíduo, mas uma qualidade da coletividade. Algo superior ou inferior. “Não creio que a cultura francesa ou alemã seja superior à brasileira. Você acha que há alguma coisa superior à nossa música popular?”
e)       Representando uma atividade artística, a música popular, por exemplo.
f)        Diferenças sociais: O primeiro e o segundo exemplo.
g)       Cultura de massa (popular) e cultura de elite (originada na elite; destinada à elite).
h)       Algo relacionado a um povo. Ex.: A cultura dos Guaranis.
Concluímos que a palavra cultura possui muitos sentidos, alguns deles contraditórios em relação aos outros.
3.       Natureza e cultura
A)      Natureza é: (Ocidente)
- Princípio de vida ou princípio ativo que anima e movimenta os seres;
- Essência própria de um ser. Conjunto de qualidades, propriedades e atributos que definem o ser. Aqui natural se opõe a acidental.
- Organização universal e necessária dos seres segundo uma ordem regida por leis universais e necessárias.
- Tudo o que existe no Universo sem a intervenção da vontade e da ação humanas.
- O conjunto de tudo quanto existe e é percebido pelos humanos como o meio ambiente no qual vivem. (a paisagem, o mar, as estrelas, os terremotos, etc.)
Para as ciências contemporâneas: a natureza não é apenas a realidade externa, mas um objeto de conhecimento elaborado pelas operações científicas para explicar essa realidade.


B)       Cultura (os sentidos da cultura):
1. Antiguidade romana: o cuidado do homem com a Natureza (agricultura); cuidado com os deuses (culto); cuidado com a alma e o corpo das crianças, com sua educação e formação (puericultura). Assim, Cultura era o aprimoramento da natureza humana pela educação em sentido amplo.
- Culta era a pessoa fisicamente bem preparada, moralmente virtuosa, politicamente consciente e participante, intelectualmente desenvolvida pelo conhecimento das ciências, das artes e da filosofia.
- Cultura e Natureza, nesse primeiro momento se opõem. A cultura é uma segunda natureza que a educação e os costumes acrescentam à natureza de cada um, uma natureza adquirida, que aperfeiçoa e desenvolve a natureza inata de cada um.
2. A partir do século XVIII: cultura passa a ter sinônimo de civilização e a relação que os seres humanos socialmente organizados estabelecem com o tempo e com o espaço, com os outros seres humanos e com a natureza. A cultura torna-se sinônimo de história.
A distinção entre Natureza e Cultura:
- Na Natureza o tempo é repetição (dia/noite; estações do ano; espécies vegetais e animais), etc.
-Na Cultura o tempo é transformação (mudanças nas leis, costumes, emoções, pensamentos, linguagem, vestuário, alimentação, etc).
4.       Cultura e trabalho
A cultura surge quando os homens Produzem as primeiras transformações na natureza pela ação do trabalho. Com o trabalho, os seres humanos produzem objetos inexistentes na natureza (vestuários, habitações, utensílios, instrumentos) e organizam-se socialmente para realiza-lo, dividindo as tarefas.
As desigualdades surgem quando uma parte da comunidade toma para si, como propriedade privada, terras, animais, águas: começa a divisão social da qual surgirão as classes sociais e os conflitos – e, destes, a instituição do poder.
5.       A cultura e a ordem simbólica
A ordem simbólica consiste na capacidade humana de dar às coisas um sentido que está além de sua presença material, isto é, a capacidade de atribuir significações e valores às coisas e aos homens. Ex.: A criação de leis, normas regras, etc.


Fonte: CHAUI, Marilena. INICIAÇÃO À FILOSOFIA: Ensino Médio, volume único – 2.ed. – São Paulo: Ática, 2014


Questões propostas:
1.       Explique a afirmação: “os seres humanos são culturais e históricos”.
Somos seres culturais devido a nossa capacidade de interferir, criar e recriar o mundo. Além disso, somos seres históricos, porque as ações humanas são temporais. Mesmo morrendo um homem, suas experiências e suas realizações permanecem e podem ser reaproveitadas, recriadas, reformuladas por outros homens e isso é uma marca cultural e histórica.
2.       A palavra cultura pode ser usada de diversas formas. Cite duas delas.
Como posse de certos conhecimentos; como sinônimo de estar preparado para certa posição ou função; como sinônimo de prestígio ou respeito; como uma qualidade coletiva; representando uma atividade artística, a música popular, por exemplo; como cultura de massa (popular) e cultura de elite (originada na elite; destinada à elite); como algo relacionado a um povo (cultura dos Guaranis).
3.       Dizer que uma pessoa é culta ou inculta porque possui ou não conhecimento é correto? Justifique.
Apesar de ser comumente utilizado, não é correto, pois cultura adquire o mesmo significado de conhecimento. Conhecimento é o conhecimento adquirido, cultura é historicamente construída.
4.       A partir do texto, dê uma definição para Natureza e Cultura.
Natureza é o conjunto de tudo quanto existe e é percebido pelos humanos como o meio ambiente no qual vivem. (a paisagem, o mar, as estrelas, os terremotos, etc.).
A cultura surge quando os homens Produzem as primeiras transformações na natureza pela ação do trabalho
5.       Qual o sentido da cultura na Antiguidade Romana e a partir do século XVIII?
 Na Antiguidade romana Cultura era o aprimoramento da natureza humana pela educação em sentido amplo.
A partir do século XVIII, cultura passa a ter sinônimo de civilização e a relação que os seres humanos socialmente organizados estabelecem com o tempo e com o espaço, com os outros seres humanos e com a natureza. A cultura torna-se sinônimo de história.
6.       Diferencie Natureza de Cultura.
Na Natureza o tempo é repetição (dia/noite; estações do ano; espécies vegetais e animais), etc., enquanto que na Cultura, o tempo é transformação (mudanças nas leis, costumes, emoções, pensamentos, linguagem, vestuário, alimentação, etc).
7.       Por que muitos pensadores consideram que a cultura começa quando os homens inventam o trabalho? Quais são as consequências disso na nossa organização social?
Com o trabalho, os seres humanos produzem objetos inexistentes na natureza (vestuários, habitações, utensílios, instrumentos) e organizam-se socialmente para realiza-lo, dividindo as tarefas. As desigualdades surgem quando uma parte da comunidade toma para si, como propriedade privada, terras, animais, águas: começa a divisão social da qual surgirão as classes sociais e os conflitos – e, destes, a instituição do poder.
8.       Explique o que é ordem simbólica.
A ordem simbólica consiste na capacidade humana de dar às coisas um sentido que está além de sua presença material, isto é, a capacidade de atribuir significações e valores às coisas e aos homens. Ex.: A criação de leis, normas regras, etc.











domingo, 12 de abril de 2015

A Filosofia




"Os estudantes de Filosofia sempre escutam contar uma piada sobre o primeiro filósofo grego Tales de Mileto. Tales gostava de estudar os astros e caminhava olhando para o céu, até que um dia tropeçou numa pedra e caiu num buraco. Um brincalhão que estava por perto disse a outros que ali se encontravam: "Tales quer saber o que se passa no céu, mas não consegue enxergar o que está à sua frente!". Nasceu, assim, a imagem que o senso comum tem do filósofo: a de alguém distraído que, sem prestar atenção no que se passa à sua volta, dedica a vida a pensar em coisas distantes, complicadas e, provavelmente, sem qualquer utilidade. Aliás, os estudantes de Filosofia também conhecem a definição da Filosofia pelo senso comum: "A filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". em outras palavras ela seria completamente inútil.
(...)
Afinal, para que serve a Filosofia? Qual a utilidade? "Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, às ideias, sem maiores considerações", respondeu um filósofo da Antiguidade".
Marilena Chaui

O Blog, Entardecer da Filosofia é, acima de tudo, um convite à reflexão, ao questionamento, à busca da verdade, ao combate à ideologia presente em todos os contextos, ao desejo de liberdade e à nossa existência, enquanto seres pensantes e atuantes no mundo em que vivemos.
Sejam todos bem-vindos!
Um abraço,
Gláucia